MONUMENTOS ESPECIAIS DE PORTUGAL

Resultados da pesquisa

TORRE DE BELÉM - LISBOA




 TORRE DE BELÉM



O que se gosta de saber


     - Que é nela que se situa a primeira representação de um rinoceronte encontrada em toda a Europa. Este, proveniente da Índia em 1513, foi logo no ano seguinte enviado pelo rei D. Manuel I ao Papa Leão X, na embaixada de Tristão da Cunha.Tendo naufragado, foi depois recuperado e empalhado. E pasme-se, pois terá sido precisamente este animal que, através da entusiástica descrição de um português, terá servido de inspiração ao pintor de Noremberga, Albrecht Durer,para criar o seu celebérrimo quadro do Rinoceronte;



                               

   - Que esta torre foi construída rodeada de água do Tejo por todos os lados, não obstante ter agora apenas o lado Sul envolto na água do rio e...






 ...que apesar de ser um monumento relativamente pequeno, é um dos monumentos portugueses mais ricos em decorações manuelinas: nós, cordas, esferas armilares, armas de Portugal, cruzes de Cristo...



Janela virada a Este

                                  



O que interessa saber


-  Que foi concebida pelo rei D. João II, mas só mandada edificar por D. Manuel I, com o objectivo de defender a barra do Tejo, juntamente com o Baluarte de Cascais e o Baluarte da Caparica;

- Que foi construída entre 1514 e 1520 sobre os restos de uma velha nau artilhada existente no local de onde partiam as frotas para a Índia;

- Que tendo sido o seu projectista Francisco Arruda, a sua construção tenha acabado por ser supervisionada por Diogo de Boitaca, um dos responsáveis pela contemporânea construção do Mosteiro dos Jerónimos.           

                    O que se deve saber

- Que constitui uma das mais emblemáticas imagens da cidade de Lisboa;





                                             

   - Que tendo sido reconstruído como monumento defensivo, para além da Torre, inclui obrigatoriamente um Baluarte que possui na sua nave 16 canhoeiras para tiro rasante e uma segunda linha de fogo nas ameias do seu terrapleno. Que, curiosamente, é ali que se situa  o Santuário da Virgem do Restelo, que foi objecto de restauro no século XVIII;


Algumas canhoeiras do Baluarte




Ermida de Nossa Senhora do Restelo



   
 - Que a Torre tem cinco pisos que, de baixo para cima incluem a Sala do Governador, a Sala dos Reis, a Sala das Audiências, a Capela e o Terraço da Torre. Que este último exibe cantos com guaritas cilíndricas decoradas com cantarias de pedra.



    - Que uma vez abandonado o carácter defensivo, já serviu como Posto de Sinalização Telegráfica, como Farol e, os seus Paióis, como prisão política;


   - Que  em 1983 foi declarada pela UNESCOPatrimónio Mundial da Humanidade


- Que desde 2007 constitui uma das Sete Maravilhas de Portugal.



VISTA PANORÂMICA DO SUL


  

                                  Outras Vistas Panorâmicas                               

Agora algumas vistas parciais desde os outros pontos cardeais, mas em diferentes estações do ano:
Vista do Norte na Primavera



Vista do Norte no Verão


Vista do Norte no Outono


Vista do Este no Inverno



Outras vistas de Este
Cerâmica comemorativa
Preparado por M. Elisabete M. Almeida

incluindo imagens suas e da Internet

PALÁCIO E JARDINS DE MONSERRATE EM SINTRA


   

"UM PARAÍSO À NOSSA PORTA"


 Considero ser agora o momento para falar deste Paraíso à nossa Porta, primeiro com um pouco da sua história e, só depois, com a minha visão deste recanto paradisíaco de Sintra.




   Detentor de uma história que remonta a data longínqua, consta que estaParque teve origem na Quinta da Bela Vista recreada a partir de uma Capela ali erigida na Reconquista Cristã, em honra de Nossa Senhora de Monserrate. Terá passado depois de mão em mão até que o terramoto de 1755 lhe causou sérios danos, os quais se foram agravando até quase ao final do século XVIII.

   Tendo os seus proprietários de então, de partir para Goa, arrendaram a propriedade ao inglês Gerard Devisme que, graças ao facto do Marquês de Pombal lhe ter concedido o monopólio do comércio do célebre Pau-Brasil,ficou tão rico que mandou construir em Monserrate um Palacete Neogótico para sua residência.

   Tendo depois que regressar ao seu país, Devisme sub-alugou-o em 1794 ao seu conterrâneo William Beckford, que não só melhorou a propriedade, como iniciou a construção do seu jardim Romântico, integrando nele as ruínas da primitiva Capela.




   
Integrou nele também um Cromeleque (monumento pétreo pré-histórico, associado ao culto dos Astros e da Natureza)...


   
...e uma Cascata natural ali existente.


   

   Com o regresso de Beckford Inglaterra, primeiro provisoriamente (1796) e depois definitivamente (1999), Monserrate continuou a mudar de rendeiro entrando num estado de declínio que, mesmo assim, inspirou o poeta Lord Byron quando o visitou, a defini-la como

                          …o primeiro e mais lindo lugar deste reino… 




   e a escrever o seu célebre poema Childe Harold’s Pilgrimage (cantos XII e XIII).




   Finalmente em 1856 a propriedade foi vendida ao inglês Francis Cook, que reconstruiu  o Palacete já então no estilo neo-mourisco que tem hoje...





 ...ao mesmo tempo que criou um notável jardim Paisagístico inspirado pelo Romantismo Inglês.




   
   Tendo-se ele casado com a filha de Robert Lucas, este contratou o arquitecto inglês James T. Knowles que, por sua vez transformou todo o conjunto no exemplo ímpar do Revivalismo e Ecletismo de Oitocentos, que nos inebria actualmente os sentidos. 






    Entretanto, o seu actual Jardim Exótico, ficou a dever-se, primeiro ao inglêsBurt e depois ao seu conterrâneo Water Oates que, em 1929, o terá descrito assim:  

"O Parque de Monserrate, aconchegado a meia altura da Serra de Sintra, no pendor que se desdobra para os lados do mar, não tem a vastidão majestosa do Parque da Pena, com o qual pretenderia rivalizar. Mas o chão fértil, as águas finas e a vizinhança das neblinas marítimas, favorecem de tal maneira a vegetação escolhida pelo plantador, que a impressão dominante é a de um jardim encantado onde se ocultam coisas raras".







   Em 1946, Cook antes de regressar ao seu país, tentou vender a propriedade ao Estado Português que, como habitualmente, não decidindo a compra em tempo útil permitiu a sua venda a Saul Saragga que, também como habitualmente, a tentou vender em lotes. Não o tendo conseguido fazer, vendeu em leilão todo o belo conteúdo do Palácio. Por tal razão, quando o Estado Português acabou por adquirir a propriedade, em 1949, já o fez com todos os seus bens delapidados.






   Foi já na segunda metade do século XIX que foi construído o impressionante Relvado de Monserrate, o primeiro do país a ter um sistema de rega tal que lhe permite manter-se verde todo o ano.



   Passemos agora ao nosso périplo pelo Monserrate dos nossos dias, começando a visita pela sua entrada, seguindo depois o Caminho Perfumado 





   ...para chegar ao   cujos motivos vegetalistas delicadamente rendilhados conseguem prolongar harmoniosamente o exotismo do seu jardim oriental. 











  Avancemos no se extraordinário corredor muito recentemente restaurado...





   ...até chegarmos às Salas ainda vazias mas já também em fase final de restauração.






      Encaminhemo-nos depois para a área central do Palácio... 




...com a sua impressionante cúpula ricamente decorada.



     Continuemos agora por aquele belo corredor central...



    
...até chegarmos à base do último Torreão do Palácio, cuja Cúpula encanta qualquer mortal com o pormenor da decoração vegetalista.






                                   



     É então tempo de sair pela porta dos Jardins, que já se vislumbram do interior das Janelas do Palácioindubitavelmente belos.

 



    Se o interior do Palácio é lindo, o seu exterior não lhe fica atrás, como se observa de imediato na fachada virada aos jardins...

 


    ...e ao relvado a perder de vista.


   
      Também impressionante é o velho Metrosideros Excelsa (Pōhutukawa tree) que surpreende o visitante mesmo ao lado desta fachada do Palácio, quer pela sua raridade e dimensões...
  




      ...quer pelas escrecências fibrosas a que dá origem.



      Estas últimas permitem enquadramentos assaz curiosos da soberba Fachada do Palácio.



    Contornando de seguida o Palácio pela direita, através da sua tão delicada colunata árabe... 



          
     ...podem apreciar-se belas vistas do relvado e... 




   ...rapidamente voltamos à fachada fronteiriça do Palácio ricamente decorada com os mais variados motivos árabes, que incluem também mosaicos típicos daquela cultura.



    

    Retomando o Caminho Perfumado, que prolonga o acesso  da Entrada no Parque até à Entrada do Palácio...

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     ...pode passar-se pelo Arco Indiano... 
 

     ...pela Casa de Pedra ...


    ...pelo Cromeleque (antigo monumento religioso)...



      ...e pela Cafetaria.


       
     Junto a esta  já está indicada a saída...


   
...em direcção aos Jardins que também podem ter inicio logo na Entrada do Parque, à esquerda. Ali, podem então seguir-se facilmente os indicadores  de sentido, que estão bem visíveis e são muito fáceis de seguir.




        
         Eles levam o Visitante, sucessivamente à Cascata...


   ...ao Vale dos Fetos...


     ...e aos Lagos Ornamentais.



    Bem neste caminho descendente, encontramos as ruínas da  antiga Capela, ali reconstituídas artisticamente.



   Já na base do caminho espera o  Visitante, rico em cactos e piteiras, o Jardim do México.


       É então chegado o momento de inverter a marcha, subindo para o Roseiral...



    ...que num ápice nos conduz ao extenso Relvado de Monserrate bem na base doPalácio.

     Se entretanto o Leitor,  chegar à conclusão que todo este périplo já é demasiado cansativo para si, o Visitante tem desde início, e logo à Entrada do Parque de Monserrate uns lindos carrinhos que, confortavelmente, o podem levar a percorrer este belo Parque, quase que sem qualquer esforço físico.



     Assim, não poderá dizer que não pode visitar este Paraíso à nossa Porta. Basta apenas escolher a modalidade que lhe for mais conveniente. 

      Por favor não perca, pois VALE MESMO A PENA.

Por mim, passei o dia do meu Aniversário encantada a percorrê-lo com a maior tranquilidade possível. Obrigada marido pela excelente companhia e pela paciência.



Aqui fica a sugestão e até sempre.